Helena Stein
16:30Hey Mentes, hoje uma entrevista com um de nossos autores parceiros, a autora da vez é Helena Stein, autora dos romances, Borboleta, Um refúgio no Paraíso e Doce & Sombrio, todos os livros vão ser lançados esse ano, você pode encontrar as prévias dos romances no wattpad, vamos colocar o link no final do post.
Helena tem um conto, incrível na Amazon, chamado Diga-me Adeus, então entrem na Amazon e garanta já o seu.
Duas Mentes
Literárias: Fale-nos um pouco sobre você.
Helena Stein: Paulistana,
26 anos, viciada em café, Netflix, filmes de terror e nos meus dois cachorros
que passam mais tempo dormindo na minha cama do que eu. Sou uma pessoa bastante
tranquila, caseira; principalmente se for para ficar quietinha no meu quarto,
ouvindo música, escrevendo ou lendo. Tenho um fraco por personagens militares e
que sejam super protetores, e adoro mocinhas bad ass. Meu tipo favorito de romance, são aqueles que levam o
leitor a acreditar no amor verdadeiro, alma gêmea, mesmo que tenha uma trama
pesada e dark como plano de fundo.
Duas Mentes
Literárias: Como você descobriu que queria ser escritora? Foi a pequena Helena
de 14 anos, escrevendo fanfiction sobre Harry Potter, que resolveu aparecer e
dizer que você realmente tem talento?
Helena Stein: Escrever fanfics foi um hobbie. Eu era tão
apaixonada por Harry Potter que minha imaginação criava cenas para o mundo da
J.K Rowling, e então, acabei criando minhas próprias tramas envolta desse
universo, e as coisas simplesmente foram acontecendo. Naquela época, jamais foi
uma pretensão minha ser uma escritora. Era realmente uma brincadeira, e me
fazia feliz. Nunca vi talento nas minhas tramas românticas, ou qualquer sinal
que me levasse a crer que um dia sonharia em levar a escrita para um patamar
profissional.
Duas Mentes
Literárias: Como surgiu a ideia para Um refúgio no Paraíso? Fale um pouco sobre
o livro.
Helena Stein: Larguei o mundo das fanfics antes mesmo de me
formar no colegial, então veio o vestibular – que foram anos, porque eu estava
prestando para medicina -, mas acabei optando, no final, por Psicologia. Eu
estava no segundo ano do curso quando minha avó teve dois AVC’s em menos de uma
semana, e ela acabou ficando internada um pouco mais de dois meses. O hospital
ficava ao lado da minha faculdade, então eu passava o dia com ela para que a
minha mãe pudesse ir trabalhar, e a noite voltava para casa, sendo que eu
ficava algumas noites também para que a minha mãe pudesse dormir melhor. Por
intermináveis semanas, vivi praticamente a base de ritalina e café. Foi uma
época bem complicada, e foi nessa época que conheci a depressão.
Eu estava, emocionalmente, no
fundo do poço; sentada no quarto do hospital, de madrugada, olhando pela janela
e vendo as luzes de São Paulo e pensando como a vida podia ser uma merda e para
onde toda aquela situação ia me levar se não desse um jeito de me reerguer. Então,
tirei o notebook da minha mochila, coloquei em cima da mesa e comecei a
escrever a cena de uma moça escondida atrás da árvore, vendo o próprio funeral
(eu disse que estava depressiva). Assim, do nada. Passei a noite escrevendo o
primeiro manuscrito de Refúgio
enquanto minha avó dormia, e mais para frente, eu iria começar a ser desenvolvido
melhor, abordando a máfia italiana e o tráfico humano.
Quando digo que voltar escrever
salvou a minha vida, algumas pessoas podem até pensar que estou exagerando.
Mas, não estou. Escrever Refúgio, me
fez sair do fundo do poço e recuperar a sanidade. E ainda por ser um romance de
estreia com uma abordagem tão forte, não deixa de ser um romance absolutamente
intenso entre os protagonistas.
Dri. KK |
Helena Stein: Borboleta era
para ter cinco capítulos e seria um conto-presente para as minhas leitoras no
wattpad que pediam para saber mais sobre o passado dos dois, principalmente
sobre o Marco, até que seria tudo narrado no ponto de vista dele. Adorei a
ideia, veio a inspiração, comecei a escrever, e aí... Me deu a louca. Um estalo
na cabeça de que tinha algo muito errado ali. Porque a Kate também tinha o
direito de contar a versão dela. E por fim, a versão de cinco capítulo, acabou
se tornando algo gigantesco. Não é mais um conto. A versão original que vai ser
lançada em breve com o ponto de vista dos dois tem mais de cem páginas e mais de
vinte capítulos. E foi incrível escrevê-lo. Estou super ansiosa, nervosa e
morrendo de medo. Espero que vocês
gostem, porque cada palavra foi escrita com muito amor.
Você já se
acostumou com o assedio das leitoras? Qual foi o comentário mais engraçado que
já recebeu? Já se acostumou com as ameaças também rsrs?
Helena Stein: Estou escondida no interior de SP para não me
matarem. kkkkkkkkk... Brincadeira. Não sou muito assediada. Minhas leitoras são
muito carinhosas e tranquilas. Elas respeitam muito o meu tempo e entendem como
é difícil e trabalhoso escrever um livro. Nunca tive nenhum problema, mas já
recebi alguns puxões de orelha, e admito que os mereço. Também sou leitora e
sei como é ruim ficar esperando. E tento responder as mensagens o mais rápido que
posso. Ando meio sumida da internet porque estou bem focada nos meus romances,
então acabo demorando um pouco.
Comentários engraçados aparecem
direto, um marcante veio de uma leitora – que hoje é uma grande amiga minha –
quando estávamos conversando e ela do nada soltou um “ÉGUAAAAAA” e logo em seguida explicou: “Ai, Lena, desculpa, eu não te xinguei de égua não, mas aqui em Belém
isso é uma gíria”. Eu não conseguia parar de rir, e hoje, até uso essa
gíria, porque achei sensacional.
Além de Refugio, você
tem o livro Doce e Sombrio, qual a principal diferença entre os dois livros?
Imagem- Capista Dri,KK |
Duas Mentes
Literárias: Qual a sua principal inspiração na hora de escrever? Você segue
algum ritual, musica um lugar especial, tem que ser a noite?
Helena Stein: A palavra mágica é: chocolate. Não tem hora
certa, o que eu preciso é da comida certa, kkkkkk... Normalmente eu escrevo
depois do almoço, que é quando rola a sobremesa. Então, eu paro no final da
tarde para ir correr – por passar tantas horas sentadas, fazer exercício é uma
questão de saúde mesmo, e minha família tem um grave histórico de problemas
cardíacos – e depois volto e continuo escrevendo.
Duas Mentes
Literárias: Em suas obras são bem presentes, temas polêmicos, e para os quais a
maioria das pessoas fecham seus olhos, prostituição, trafico de drogas, máfia,
trafico de mulheres e outros, como você decidiu explorar esses temas em suas
obras? Isso lhe rende horas de pesquisas?
Helena Stein: Deus amado, e como rende. Eu adoro criar
romances que tenham como plano de fundo temas reais. Refúgio é apenas a primeira porta para um tema polêmico, ainda
virão mais três volumes que já estou começando a preparar o terreno abordando
outros assuntos igualmente fortes. Cada um com um casal diferente.
É algo que me atraí, é algo que
me ajuda a entender melhor o mundo em que estamos vivendo e até que nível de
crueldade o homem pode chegar para suprir a sua ganancia e seu desejo por
poder. Quando estava pesquisando sobre o tráfico humano, teve momentos em que
minha mente simplesmente não conseguia absorver que aquilo era um fato da realidade. E é interessante que quando as
pessoas me perguntam sobre isso, é muito comum usarem o termo “tráfico de mulheres”, mas o correto é “tráfico humano” porque garotos também fazem
parte desse meio, e me refiro a crianças; seis, sete anos de idade. A pornografia
é uma das industrias que mais geram dinheiro no mundo, e a pornografia infantil
está inclusa nisso, sejam meninas ou meninos. Em Doce e Sombrio, Nixon vai precisar proteger a protagonista do MS-13
(Mara Salvatrucha), uma das gangues mais perigosas do mundo e que possui laços
com cartéis de drogas mexicanos.
Duas Mentes
Literárias: Você iniciou postando suas histórias no wattpad, o que você acha da
plataforma? E como foi migrar do wattpad para a editora PL?
Helena Stein: Wattpad
foi um achado, na verdade. Literalmente. Eu faço parte de alguns grupos no
facebook, e as meninas comentavam sobre os romances que estavam lendo nessa
plataforma. Acabei me interessando, fui dar uma xeretada e pronto. Aí as coisas
começaram a acontecer... Migrar do wattpad para uma editora em um curto espaço
de tempo foi meio que: “nossa, isso está
mesmo acontecendo? Alguém pode me dar um tapa aqui?”. A PL definitivamente
foi incrível em me estender a mão e me dar essa oportunidade, toda a equipe é
maravilhosa, e eu sempre serei grata a elas e as minhas leitoras que foram o
principal degrau para me levarem até lá.
Duas Mentes
Literárias: Seus enredos são dignos de filmes, como você dosa o drama, o
romance, o suspense e a comedia, afinal Sam é um personagem que rende boas
risadas.
Helena Stein: A mente de um autor é uma caixinhinha de
surpresas. Nós temos uma noção do que queremos, mas os personagens podem acabar
nos levando para uma direção completamente diferente e nos surpreendendo
também. Eu queria escrever um romance, mas não algo essencialmente dark, obscuro e forte, porque sou uma pessoa
bastante romântica, vocês vão ver isso se lerem Borboleta, então precisei arranjar um jeito de criar um modo de que
Refúgio não ficasse focado apenas na
dor, na humilhação. Eu queria momentos em que o retorno da Kate trouxesse a
alegria do recomeçar de uma família e de um amor, porque tanto ela quanto Marco
mudaram no tempo em que ela ficou longe. Eles não são mais aquele casal que se
apaixonou na infância. E Samuel chegou como um meio para tirar o clima pesado
das coisas. Eu tenho um manuscrito de cada capítulo para não me perder na
trama, não o sigo à risca, mas é apenas uma forma para que as coisas não fujam
completamente do meu controle e eu consiga finalizar o romance de uma forma sem
deixar pontas soltas. Samuel vem sendo o personagem preferido de muitas
leitoras minhas. Pelo visto, os destruidores de corações que nunca se apaixonam
sempre serão os mais visados, kkkkkk... Eu ainda fico com o meu Salvatore, o
Pai da máfia.
A série que
envolve Refúgio, contará com os livros dos irmãos da personagem principal Kate,
você pode nós contar um pouco sobre eles?
Helena Stein: Refúgio é uma série de quatro
volumes. Cada um pode ser lido de forma independente, porque contará a história
de um casal diferente. O próximo será do Wade, seguido pelo romance do Samuel,
e tudo será encerrado com o romance do Luigi (braço direito do chefão da máfia
italiana).
Quais são seus futuros projetos, pode contar
um pouco sobre eles?
Helena Stein: Se tudo der certo, para 2016 tenho planos para
3, 4 romances. O lançamento de Borboleta
está no forno, Refúgio deve sair
ainda no primeiro semestre também pela editora PL, e também quero lançar a
versão oficial de Doce e Sombrio em
formato de ebook na Amazon como independe. Para o segundo semestre, quero
lançar, também na Amazon, um novo romance que está martelando na minha cabeça
desde a metade do ano passado que, por agora, só posso dizer que envolve um
rei, e iniciar o romance do Wade.
Obrigado pela entrevista
Helena, estamos ansiosas para ler Um refúgio no paraíso e todas as suas obras.
E aí ansiosos pelos livros da Helena? Ficou curioso? Então, entrem nos links abaixo e fiquem por dentro de todas as novidades da autora.
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