Resenha - Os 13 Porquês

09:18


Hey Mentes, como estão? Hoje tem resenha do nossa colunista, Bianca, espero que gostem! 
           Autor: Jay Asher 
Editora: Ática
Páginas: 25
Sinopse: Você não pode interromper o futuro, nem modificar o passado. O único jeito de descobrir este segredo é apertando play.
Ao voltar da escola, Clay Jensen encontra na porta de casa um misterioso pacote com seu nome. Dentro, ele descobre várias fitas cassetes. O garoto ouve as gravações e se dá conta de que elas foram feitas por Hannah Baker - uma colega de classe e antiga paquera -, que cometeu suicídio duas semanas atrás. Nas fitas, Hannah explica que existem treze motivos que a levaram à decisão de se matar. Clay é um desses motivos. Agora ele precisa ouvir tudo até o fim para descobrir como contribuiu para esse trágico acontecimento.
Resenha:
Faz um tempo que eu queria ler essa obra de Jay Asher e, finalmente, no feriado, decidi que já era hora. É uma leitura rápida.  Eu li em apenas um dia, em menos de oito horas. A cada fita, a cada etapa da história você quer saber mais sobre a personagem e a ligação de Clay com ela. Eu precisava entender o que leva as pessoas a terem pensamentos suicidas, meio mórbido, eu sei, mas quando descobri que o autor se baseou em uma pessoa conhecida que tentou e, felizmente, não conseguiu se matar, fiquei ainda mais curiosa.
A história discorre ao ver de dois personagens. Descobrimos como Hannah se sentiu com cada situação, pois ela narra isso em suas fitas, e como alguém de fora, Clay, viu tudo aquilo ou ouviu.
É um livro que nos faz pensar. Não é repleto de momentos filosóficos sobre a vida. Há momentos que a personagem principal fala coisas profundas. Porém, não foram essas coisas que me fizeram parar e refletir. Foi o fato de circunstâncias comuns de uma vida adolescente levar alguém ao limite; foi perceber como uma risada mais abafada ou aguda afeta o próximo; como apostas ou comentários podem mudar a visão otimista de uma pessoa facilmente.
 
"Era exatamente isso que eu queria para mim. Queria que as pessoas confiassem em mim, apesar de qualquer coisa que tivessem ouvido. E, mais do que isso, queria que me conhecessem. Não aquilo que pensavam saber a meu respeito. Mas eu de verdade."
 
Sempre defini suicídio com três palavras: covardia, coragem e egoísmo. Não tenho intenção nenhuma de julgar aqueles que cometem ou pensam a respeito. Não sei o que passaram ou passam. Na verdade, o que me levou a fazer esse texto sobre o livro é que eu gostaria de lembrar como é importante perguntarmos com sinceridade se está tudo bem, olharmos realmente para a pessoa que estamos conversando, pois ela importa. Talvez se analisasse o livro de forma superficial, olhando as ocorrências de formas individuais, tudo não passaria de algo que chamamos de adolescência, mas a questão é: aquilo que te atinge de uma forma não atingirá o outro do mesmo jeito. Somos pessoas diferentes com personalidades, humores, mentes e visões diferentes.
Voltando ao livro, algo que me agradou plenamente foi que Hannah não jogou, totalmente, a culpa nos outros. Ela se culpou e viu seus erros. Não sei se sua atitude foi correta quanto a entrega das fitas. Há os lados positivo e negativo. Positivo, pois, talvez, os responsáveis, de acordo com ela, tomem atitudes quanto ao ocorrido ou seus próprios caráteres. Negativo, porque ela só estaria prolongando e espalhando mais sofrimento. Penso em seus pais, e até no próprio Clay, não mereciam isso. É claro que penso em Hannah, mas sua morte afetou aqueles que ficaram.
“Eu precisava tirar uma folga… de mim mesma. ”
O interessante é que, além de juntar as peças muito bem, ao decorrer da história o autor consegue descrever como a personagem mudou e chegou a um ponto de querer ser a vítima, provavelmente, para facilitar a decisão.
Algo que realmente me alegrou (se é que eu posso utilizar esse verbo levando em consideração o assunto abordado) quanto ao final do livro foi ver que houve uma mudança em, pelo menos, um dos personagens, Clay, mas vou parar por aqui, não quero dar spoiler.
Sem mais delongas, simplesmente, adorei o livro e recomendo!

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